Após ter dito os ocorridos, Maryh ainda completou:
_Quando estava perto dele sentia algo estranho, uma dor no estomago. Pensei que era por causa do café, então minha mãe me mandou parar de tomar. E funcionou... por uma semana- disse rindo, agora que voltaram a caminhar.
Lucin ouvia tudo com o máximo de atenção, então fez uma pergunta aleatória para a menina:
_Você falou que sentia algo estranho perto dele. Como assim?
A garota o encarou. Por um breve instante, Lucin pensou que seria transformado em algo, por causa do olhar da amiga.
_olha... se não quiser responder... tudo bem... eu vou entender...
_Não, tudo bem - agora voltava a rir, vendo a reação assustada do garoto- eu posso explicar. Era uma sensação de que tinha algo ruim, um tipo de energia negativa rondando.
Então ela parou de falar e baixou a cabeça. Dava para ver seu rosto e a ponta de suas orelhas ficando vermelha. Ele olhou para ela ver se ela estava bem, mal sabendo o que viria por ai. O que ela lhe falou logo após o deixou vermelho, mas do que ela.
_Diferente do que sinto quando estou com você.
_É... bo-bom, o que-que você se-sente qua-quando esta co-comigo?- Disse nervoso.
_Bem... sinto algo bom, como se... estivesse protegida, sabe? Bem diferente do que sentia com aquele ser. Vejo seu lado bom... meu “anjo da guarda”.
Agora ambos tinham voltado a sua cor normal. Lucin então lhe disse:
_Se você vê meu lado bom, deveria ir ao medico. Eu não tenho lado bom e não sou nem de longe um anjo da guarda. Já conversamos sobre isso. Por favor, não se iluda, eu não quero te machucar. – Seu olhar era meio perdido. Aparentemente já haviam discutido sobre isso.
_Oks, moço! Eu acho que você tem e você acha que não.
Agora já haviam chegado ao trabalho da moça. Despediram-se. Lucin observou Maryh entrar no prédio e depois foi para o ponto, pegar o ônibus.
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