Cora envolveu Maria pela cintura, puxando-a para mais perto e aprofundando o beijo. As mãos firmes de Cora na cintura de Maria transmitiam segurança e desejo, e, enquanto o beijo se intensificava, Maria sentia o calor se espalhar por todo o seu corpo, como se o tempo tivesse parado ao redor delas. O mundo, os problemas, as notas vermelhas - tudo desapareceu.
Enquanto os dedos de Maria se entrelaçavam nos cabelos de Cora, ela sentiu uma tranquilidade nova misturada à eletricidade do momento, uma certeza de que aquele era o lugar certo. O beijo, antes exploratório e cheio de anseios, agora tornava-se mais calmo, profundo. As duas estavam entregues, sem pressa, como se soubessem que aquele instante era só o começo do que poderiam descobrir juntas.
Finalmente, os lábios se separaram, e Maria ficou ali, ainda nos braços de Cora, o rosto próximo, as respirações entrecortadas e os olhares conectados de uma maneira silenciosa e íntima. Cora a olhou com um sorriso suave, acariciando o rosto de Maria com o polegar.
— Então, acho que finalmente aprendemos alguma coisa hoje, não é? — Cora, com um tom divertido, sussurrou
Maria, ainda tonta pela intensidade do beijo, tocou os lábios de Cora, seu gesto pedindo mais, uma súplica silenciosa por mais daquela conexão. Cora, com um olhar que misturava desejo e cumplicidade, obedeceu. Com um movimento suave, passou uma mecha de cabelo de Maria para trás da orelha, sua voz intensa e sensual quebrando o silêncio:
—Tudo bem, devemos fazer uma pausa de qualquer forma.
Ela retirou os óculos de Maria, delicadamente os deixando sobre o livro aberto na mesa, e, em um gesto inesperado, pegou Maria no colo e a colocou sentada sobre a superfície da mesa. O toque foi suave, mas a posição fez o coração de Maria disparar. Cora se aproximou, seu rosto quase colado ao de Maria, e um sorriso malicioso surgiu em seus lábios.
Agora, é melhor você controlar sua voz sussurrou Cora em seu ouvido, a respiração quente causando um arrepio em Maria. Não podemos fazer barulhos.
A promessa de segredos e descobertas deixou Maria ainda mais sedenta. Em um sussurro, ela garantiu:
— Farei silêncio.
Então, Cora começou a explorar o pescoço de Maria com pequenos selos molhados. Cada toque dos lábios de Cora enviava ondas de prazer por todo o corpo de Maria. Ela fechou os olhos, deixando-se levar pela sensação, as mãos se segurando na mesa para não perder o equilíbrio. O calor e a suavidade dos beijos de Cora, acompanhados pelo perfume inebriante que ela exalava, a faziam sentir-se flutuar.
Os lábios de Cora traçavam um caminho lento e cuidadoso, fazendo pequenas pausas para que Maria pudesse sentir cada momento. A combinação de prazer e excitação a fazia querer mais, uma mistura de desejo e vulnerabilidade. Enquanto Cora a beijava, Maria murmurou uma promessa silenciosa de que nunca esqueceria aquele momento, aquele espaço onde as regras pareciam não existir e onde cada toque a fazia sentir-se viva.
— Você está tão gostosa assim... — sussurrou Cora, provocando um sorriso nervoso nos lábios de Maria. A tensão entre elas era palpável, e Maria, agora com os olhos fechados, sentia o coração acelerado, consciente de que estavam quebrando regras, mas tão encantada pela aventura que nada mais importava.
— Cora... — Maria tentou falar, mas a voz falhou, cada vez mais absorta nos toques e nas promessas que dançavam no ar entre elas.
Cora desliza suas mãos por cima da camisa de Maria, apertando sua cintura enquanto seus lábios distribuem beijos e mordidas por todo o pescoço e clavícula de Maria, deixando pequenas marcas no local. Maria arfava, chamando por Cora, que sorria contra a pele alheia. As mãos de Cora desciam lentamente até a barra da camisa, adentrando suas mãos por debaixo da mesma, subindo suas mãos para as costas de Maria, passando as pontas dos dedos pelos lugares mais sensíveis. Cada toque provocava um arrepio, e Maria suspirava de forma prazerosa.
Uma mão de Cora deslizava pelo corpo de Maria descendo até sua coxa apertando levemente enquanto mordia a orelha alheia, Maria morde o lábio inferior contendo um gemido manhoso fechando os olhos ofegante, o ambiente estava mais quente que o normal e Maria não queria que aquilo acabasse tão cedo.
Cora estala os dedos e começa a falar: — Maria? Tá tudo bem aí?
A voz dela parece atravessar a névoa da imaginação, e Maria pisca algumas vezes, percebendo que ainda estava sentada na cadeira da biblioteca, com Cora segurando um livro em suas mãos. O calor sobe ao rosto de Maria, que se dá conta de que tudo não passava de uma fantasia sua. Cora ri baixinho, a expressão dela divertida.
— Você estava tão longe... O que estava pensando, hein?
Maria tenta se recompor, mas o rubor em seu rosto entrega seu embaraço.
— Para de rir, Cora! — Ela tenta manter a seriedade, mas a tensão no ar é inegável.
Cora, percebendo a reação de Maria, se inclina um pouco mais para perto, seus olhos brilhando de malícia.
—Eu sei o que você estava imaginando. Afinal, você é muito fácil de ler. — O tom provocativo de Cora faz o coração de Maria disparar, e ela rapidamente vira o rosto para o lado, tentando esconder a vergonha que a consome.
— Isso não é verdade! —Maria se defende, mas sua voz traía sua falta de convicção.
Cora apenas sorri, sabendo que tinha tocado em um ponto sensível.
— Sua imaginação é extremamente fértil, não é? Aposto que você sonha com coisas bem interessantes.
Maria dá um leve tapa no braço de Cora, tentando desviar a conversa.
—Vamos nos concentrar nos estudos, ok? Precisamos falar sobre gramática, não sobre o que passa pela minha cabeça.
— Tudo bem, tudo bem, — ela responde, segurando o riso. — Só queria lembrar que não sou a única que pode ficar distraída. Você é que começou isso tudo com suas fantasias.
A conversa continua leve, mas o olhar de Cora não sai de Maria. Ela observa como a amiga se esforça para parecer indiferente, enquanto a cor vermelha em seu rosto traí seu verdadeiro estado emocional.
— Mas falando sério, o que você realmente acha sobre tudo isso? — Cora pergunta, mudando a abordagem de forma abrupta, mas de maneira habilidosa, para algo mais sério.
Maria hesita. A pergunta a faz pensar não só nas fantasias que tinha, mas também no que sentia por Cora. Ela nunca tinha analisado isso a fundo, mas agora, com a intimidade que se formava entre elas, as coisas pareciam diferentes.
— Eu não sei... é complicado. — Maria finalmente admite, olhando para baixo, como se as palavras tivessem um peso.
—Complicado como? — Cora incentiva, sua voz suave. — Você sabe que pode falar comigo, certo? Estou aqui para te ajudar.
Maria levanta o olhar, encontrando os olhos de Cora, que estavam cheios de compreensão e carinho.
—É só... eu nunca pensei que poderia sentir algo assim, sabe? É tudo tão confuso.
Cora sorri, parecendo satisfeita com a resposta.
— Às vezes, as coisas mais confusas são as mais interessantes. E quem sabe, talvez a gente descubra isso juntas?
O convite de Cora provoca uma onda de expectativa em Maria. Ela não tinha certeza de onde esse caminho as levaria, mas a ideia de explorar seus sentimentos ao lado de Cora parecia menos assustadora do que imaginava. A biblioteca ao redor parecia mais tranquila agora, o murmúrio dos outros estudantes se transformando em uma melodia suave enquanto as duas garotas continuavam sua conversa, mais conectadas do que nunca.
Cora estica seu corpo na cadeira enquanto boceja, o movimento a faz parecer relaxada e à vontade, mas também expõe um sinal claro de cansaço. Maria, por sua vez, olha para o relógio e percebe que já era muito tarde. Um leve frisson a percorre ao perceber que a tarde se transformara em noite sem que elas percebessem.
— Você está cansada? — Ela pergunta com um tom curioso.
—Sim, estou. — Cora responde, piscando para dissipar o sono. —Mas se você quiser, podemos continuar a estudar na minha casa.
O olhar de Cora brilha com uma mistura de entusiasmo e provocação, como se a ideia a animasse. Maria hesita por um momento. Era a primeira vez que ela estaria na casa de Cora sem a presença de Star, e isso trazia uma sensação de novidade que a deixava ansiosa. Ela queria muito saber como seria passar a noite ali após um dia de estudos, longe das distrações e com a companhia de Cora.
—Claro, vamos! — Maria finalmente concorda, sentindo um misto de nervosismo e empolgação.
Ambas começam a arrumar suas coisas, colocando livros e cadernos nas mochilas com um ritmo acelerado. Cora é rápida e organizada, enquanto Maria tenta acompanhar, mas seu coração está acelerado com a antecipação. A ideia de estar a sós com Cora, sem a supervisão de Star, a faz pensar em todas as possibilidades que aquela noite poderia oferecer.
Depois de um tempo, Cora termina de arrumar suas coisas e, com um sorriso satisfeito, segura a mão de Maria, entrelaçando seus dedos.
—Vamos? — pergunta, com uma pitada de expectativa em sua voz. Maria sente um frio na barriga enquanto Cora a leva para fora da biblioteca.
Enquanto caminham, o corredor é iluminado por luzes suaves, e o silêncio ao redor delas cria uma atmosfera intimista. A presença de Cora é reconfortante, e Maria tenta se concentrar na conversa, mas sua mente divaga, imaginando como será a casa da amiga.
—Então, você está pronta para a noite de estudos? — Cora pergunta, lançando um olhar curioso para Maria.
— Sim, mas não prometo que vou ser uma aluna super dedicada. — Maria responde com um sorriso tímido, fazendo Cora rir.
— Ah, isso eu já esperava. Mas pelo menos podemos tentar. E quem sabe, a gente pode fazer algumas pausas. — O tom sugestivo de Cora provoca um calor nas bochechas de Maria, e ela se pergunta se a amiga estava se referindo a algo mais do que apenas estudos.
Caminhando em direção ao estacionamento, Maria observa as luzes da cidade começando a brilhar à distância. A atmosfera parece cheia de promessas e possibilidades.
—Estou curiosa para ver como é a sua casa. — Maria comenta, buscando desviar o foco de suas próprias emoções.
— Mas você já esteve lá. — Cora diz, arqueando uma sobrancelha provocando.
— Você tem um ponto. — Maria responde corando. — Mas sabe, vai ser a primeira vez que vou estar sozinha com você sem a Star.
Cora sorri com um brilho no olhar.
—Isso mesmo. Agora, vamos logo antes que eu comece a pensar que essa ideia não é tão boa assim.
Enquanto entram no carro, Maria se pergunta como aquela noite será e se conseguirá aproveitar a experiência ao máximo. A expectativa a rodeia, e mesmo que um pouco de medo do desconhecido a assombre, a ideia de estar mais próxima de
Cora a faz sentir-se corajosa. A jornada até a casa de Cora mal havia começado, mas já prometia ser inesquecível.
Fim.
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