Eu me lembro da primeira vez que vi o rio da minha cidade, o Rio Vermelho, com águas cristalinas. Eu tinha apenas 5 anos. Hoje, aos 17, mal posso reconhecer o lugar onde brincava. A poluição e a corrupção consumiram Nova Terra, minha cidade natal.
Cresci em um pequeno apartamento com meus pais, Maria e Carlos. Meu pai trabalhava na indústria química local e minha mãe era enfermeira. Eu sempre gostei de ler livros, passava horas estudando e sonhando com um mundo melhor.
Tudo mudou quando nosso professor de biologia, Sr. Almeida, nos mostrou um documentário sobre o impacto da poluição no meio ambiente. Aquela realidade me atingiu fundo. Comecei a ler tudo sobre ecologia e sustentabilidade. Meu quarto se tornou um santuário de livros, artigos e fotos de paisagens naturais.
Um incêndio florestal perto de casa, provocado por negligência industrial, foi o estopim. Vi o fogo devorar a floresta, senti a dor e a raiva. Não podia mais ficar parada.
"Não posso mais fingir que não vejo! Preciso fazer algo!", gritei, olhando para o fogo.
Mas esse ar corrente,esse clima apocaliptico,nem sempre foi assim.
Lembro-me de minha infância como um borrão colorido. Aos 5 anos, brincava no parque com meu pai, enquanto mamãe nos observava sorrindo. Nova Terra era um lugar vibrante, cheio de vida. Mas, aos poucos, as cores foram desbotando.
Ver o Rio Vermelho pela primeira vez foi mágico. Águas cristalinas, peixes nadando... Era meu paraíso. Mas, logo, o rio começou a mudar. A água ficou turva, os peixes desapareceram e o cheiro de químicos tomou conta.
Comecei a notar mudanças em minha cidade. Fábricas surgiam, a poluição aumentava e as pessoas reclamavam. Meu pai, trabalhador da indústria, vinha cansado e preocupado. Minha mãe, enfermeira, falava sobre doenças respiratórias.
Ir para escola nunca mais foi a mesma coisa aquela fumaça que parceria nunca ter fim,irritava meus olhos, e o som de agonia dos cães de rua por conta do ar pesado da cidade era triste
Não podia mais fingir que não via. Algo dentro de mim despertou. Eu precisava agir.
Enquanto observava o rio poluído, perguntava-me:
Meu coração palpitava com uma mistura de raiva e determinação. Eu precisava descobrir a verdade e agir. A busca por respostas estava apenas começando.
Íris refletiu sobre essa pergunta, considerando várias perspectivas
A mesa de jantar no mais normal que era a quela noite na hora do jantar
Íris sentou-se à mesa de jantar com seus pais, Maria e Carlos. O cheiro de fumaça pairava no ar, lembrando-a do incêndio florestal.
Íris: (frustrada) Pai, mãe, como podemos continuar vivendo assim? A poluição, o rio sujo... É como se ninguém se importasse.
Maria: (preocupada) Íris, sabemos que é difícil, mas seu pai trabalha na indústria. É o nosso sustento.
Carlos: (defensivo) E eu faço o que posso, Íris. Mas mudanças levam tempo.
Íris: (indignada) Tempo? Quanto tempo? Até que Nova Terra se torne inabitável?
Maria: (calmamente) Íris, entenda. Seu pai não é responsável pela poluição.
Íris: (desafiadora) Mas ele pode escolher não contribuir. Podemos lutar por mudanças.
Carlos: (firme) Íris, você não entende como funciona. A indústria é poderosa.
Íris: (determinada) Entendo mais do que você imagina. E vou fazer algo.
Maria: (ansiosa) Íris, cuidado. Não queremos problemas.
Íris: (segura) Não vou me calar, mãe. É hora de agir.
O silêncio que se seguiu foi pesado, refletindo a divisão entre gerações e visões.
Íris: (firme) Pai, não podemos ignorar mais! A poluição está nos sufocando!
Carlos: (irritado) Íris, não se meta em coisas que não entende! É apenas política.
Íris: (passionada) Política? É nossa vida!
Maria: (intermediando) Carlos, Íris tem razão. A situação está insustentável.
Carlos: (defensivo) E o que você sugere? Que eu perca meu emprego?
Íris: (determinada) Não quero que você contribua para essa destruição!
Carlos: (elevando a voz) Você não pode decidir isso!
Maria: (calmamente) Parem! Não vamos nos desentender.
O silêncio que seguiu foi pesado.
Íris com indignação se levanta da mesa abandonado o jantar em filha e caminha em direção as escadas
Íris subiu os degraus, sentindo-se sufocada pelas palavras de seu pai. Fechou a porta do quarto, como se pudesse bloquear as preocupações. A janela, antes aberta para deixar entrar o ar fresco, agora era uma ameaça. Íris a fechou com força, tentando barrar a fumaça e os pensamentos pesados.
Ela se jogou na cama, olhando para o teto. Lágrimas de frustração escorreram. Perguntas sem respostas assolavam sua mente:
Íris respirou fundo, sentindo uma chama interna arder mais forte. Ela sabia que não podia desistir. O quarto silencioso se tornou um refúgio para planejar seu próximo passo.
Íris levanta da cama sentando-se antes de se levantar e caminha até a escrivaninha, cercada por papéis, livros e anotações. Ela sabia que precisava de um plano sólido para enfrentar o que tanto estava devastando sua cidade
Íris pensa:
Expor a verdade sobre a poluição do rio.
Mobilizar a comunidade.
Pressionar as autoridades.
1. Pesquisas científicas.
2. Fotos e vídeos da poluição.
3. Depoimentos de moradores.
Íris organizar tudo que pode para começar as mudanças
Íris olhou para o plano, sentindo-se determinada. Era apenas o começo.
Íris decidiu começar com o blog. Escolheu um nome: "Nova Terra Limpa". Começou a digitar:
"Nova Terra, nossa casa, nosso futuro. Por que permitimos que ela seja destruída?"
Ela pausou, pensando na próxima frase. O som da porta se abriu.
"Íris, o que você está fazendo?" perguntou sua mãe.
"Estou apenas estudando, mãe", respondeu Íris, rapidamente fechando o laptop.
Mas sua mãe notou algo" entrado no quarto deixando a porta entre aberta
Íris hesitou, sem saber como responder à mãe.
"Íris, você não está pesando nisso, está?" perguntou sua mãe, com olhar perspicaz.
"Não, mãe. Estou apenas preocupada com o futuro", respondeu Íris, tentando dissimular.
Sua mãe sentou-se ao lado dela. "Eu sei como é sentir-se impotente. Seu pai Ele... Não faça nada com que prejudique ele, o trabalho dele na quelas uzimas é a única coisa que temo
Eu sei que aquele regime...* Ela faz uma breve pausa como se as lembranças a machucavam por dentro
*Logo ela fala*íris, não desista de sonhar
Íris sentiu um arrepio. Sua mãe não sabia, mas acabara de acender uma chama dentro dela.
"Obrigada, mãe", disse Íris, abraçando-a.
Nesse momento, Íris sabia que não estava sozinha
Ela voltou ao laptop, completamente renovada
"Nova Terra, nossa casa, nosso futuro. Nós não desistiremos."....
Em uma Nova Terra devastada pela poluição e corrupção, Íris, uma jovem de 17 anos, decide lutar contra o sistema. Com determinação e coragem, ela enfrenta desafios familiares, políticos e ambientais para transformar sua cidade. Uma história de resistência, esperança e mudança.
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