Com os militares apontando suas armas, o grupo não tinha escolha. Sem alternativa, eles obedeceram.
Foram levados até uma tenda escura e fria, onde a tensão era quase palpável. De repente, uma luz forte foi jogada diretamente no rosto de Alu, Yuto, Ayzen e Gusta. Eles perceberam que estavam algemados em cadeiras de metal, suas mãos presas firmemente às costas.
Uma figura feminina entrou na tenda. A luz suave da lanterna revelou sua pele clara, cabelos loiros presos em um rabo de cavalo impecável e olhos claros e penetrantes, que pareciam enxergar através deles. Sua expressão séria transmitia autoridade e uma aura de intimidação. Ela puxou uma cadeira e sentou-se diante deles, cruzando os braços sobre a mesa com um olhar fixo.
— Nomes. Agora. — sua voz era cortante, sem espaço para discussão.
Antes que os outros pudessem reagir, Gusta disse: — Bom, moça! O de cabelo doido é o Alu, o delinquente com cara de quem vai te roubar é o Yuto, o crianção do grupo é o Ayzen, e eu sou o Gusta, o responsável e bonitão aqui.
Yuto, Alu e Ayzen o encararam com descrença. Alu revirou os olhos e respondeu: — Jura? Cabelo doido? Pelo menos no Yuto você acertou.
— Opa, menor, quer levar uma na jaca? — retrucou Yuto, com uma expressão ameaçadora.
— Silêncio! — cortou a mulher, batendo na mesa. Seu tom fez o grupo se calar imediatamente. — O que fazem aqui? E por que diabos entraram pela cidadela?
Yuto inclinou-se para frente, estreitando os olhos. — Pera aí... Tinha outro jeito de entrar?
— Vocês são um bando de amadores. — Ela revirou os olhos, mas não perdeu a postura.
De repente, Yuto se levantou com um sorriso confiante: — É oficial! Eu sou o líder agora.
— Nem ferrando. — Ayzen cruzou os braços, balançando a cabeça.
Alu bufou e também se levantou, inflando o peito: — Esquece, filhote de capivara. O líder aqui sou eu!
— Alu, pelo amor de Deus! Você é o pior de nós pra ser líder. — Gusta revirou os olhos.
A mulher respirou fundo, claramente sem paciência, e se inclinou para frente. — Chega. Não estou de brincadeira. Vocês invadiram uma zona militar e, por isso, têm duas opções:
- Serem presos e cumprir um ano de cadeia.
- Me ajudar em uma missão... e saírem livres.
O grupo ficou em silêncio. A mulher levantou-se com um olhar firme e ordenou: — Pensem bem. Vocês têm até amanhã. Soldados, levem eles para o Segundo QG.
Quatro horas depois
No dormitório do QG, Alu estava deitado na cama de cima do beliche, encarando o teto. Seu olhar era fixo, perdido nos pensamentos. Em sua mente, perguntas o atormentavam: Como tudo tinha saído tão errado? Como tinham chegado naquela situação?
Abaixo, Ayzen revirava-se, incapaz de dormir. — Ei, Alu, tá acordado? — sussurrou ele.
— Tô. — Alu respondeu, sem desviar os olhos do teto. — Tô pensando em como a gente foi parar nisso... sequestrados, ameaçados de cadeia, e ainda perdemos o motorista.
— Sei lá. Não seria mais fácil fugir? — Ayzen sugeriu, meio hesitante.
— Seria, mas você sabe que o Rey nos acharia em segundos. Ele é... diferente. — Alu virou-se de lado, encarando a janela.
Ayzen ficou em silêncio por um instante antes de perguntar: — Alu, você tem algum objetivo na vida?
Alu deu uma risada curta e respondeu: — Pode parecer clichê, mas eu quero ser forte. Não o mais forte, mas alguém sem pontos fracos. Quero aprender todas as magias, dominar tudo. Brega, né? Mas é o que eu quero. E você?
Ayzen suspirou, pensativo. A luz da lua cheia iluminava o quarto pela janela aberta, criando um contraste com as sombras da noite. — Já pensei em ser mercenário. Mas hoje em dia... não sei mais.
Por um momento, o silêncio os envolveu, como se as palavras tivessem desaparecido. Até que, ao mesmo tempo, eles disseram: — Ei, bora formar uma dupla?
Eles se entreolharam, surpresos, e depois riram baixinho. — Fechado, Ayzen. Agora só precisamos sobreviver à General Isolda. — disse Alu com um sorriso.
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