Como todo grande sábio, para fazer o Selo Maldito e A Marca da Serpente precisei fazer algumas pesquisas e estudos, afinal, nunca é demais saber um pouco mais do mundo. E descobri algumas coisas interessantes em minhas pesquisas. 

Apesar de ter sido criada em 1532, apenas em 1542 que começou a funcionar oficialmente a Inquisição em Portugal. Um dos motivos é o fato de que, em Portugal era necessário os Inquisidores Assassinos, porém, eram poucos os aptos para este trabalho. Então, durante 10 anos, o Sacro Colégio escolheu 15 Inquisidores Assassinos das mais diversas nacionalidades para trabalharem em Portugal com o intuito de perseguir hereges e feiticeiros, e também discipular os seus futuros sucessores. 

Entre estes quinze, estavam Fabrizzio e François, o primeiro de origem italiana e o segundo de origem francesa. Os dois eram bruxos, ou seja, manipulam a mana existente no ambiente, e eram conhecidos popularmente como “Dueto Fantástico”, por causa de suas habilidades. 

Voltando à rua, os quatro ficaram se encarando por um momento, até que François resolveu atacar. Pegando as espadas que estavam em suas costas, exclamou:

-Magia de Desenvolvimento Corporal! 

Dos seus ombros emergiram dois braços, que sacaram as duas espadas que estavam embainhadas em sua cintura.

-Quê…? - declarou Gabriel, confuso.

-Ele concentrou magia nos músculos dos ombros, e assim, fez com que deles surgissem estes membros superiores - explicou Valentina.

Após xingar baixo, o jovem avançou contra o espadachim, lançando um raio, no qual este desviou. Entretanto, o raio bateu na janela de uma casa e voltou, acertando pelas costas o cavaleiro, que caiu de joelhos. O garoto então chutou seu queixo, e começou a socá-lo. 

Porém, em certo momento, os braços dos ombros agarraram-no, e o francês começou a dar golpes na barriga do menino. 

-Maldito - xingou a mulher, e tentou aproximar-se do aluno, sendo impedida por Fabrizzio. 

-Não - ele afirmou, ficando em pose de ataque. 

-Sai da frente! - berrou a adversária - Explosão Mortal!

Uma grande explosão aconteceu entre os dois, e antes de pousar, o italiano foi pego por duas correntes mágicas, e jogado contra um bar do outro lado da rua, desfazendo as correntes em seguida. Aterrisando, a feiticeira correu em direção de seu aprendiz, mas no trajeto, algo a empurrou: era o Inquisidor italiano, que utilizando as mesmas correntes dela para prendê-la.

-Como fez isso? - perguntou, imobilizada. 

-Meu dom mágico é de construir, destruir e reconstruir - explicou o bigodudo -Eu simplesmente reconstruir seu ataque, reconstruindo o bar e as correntes, além de ter refeito o movimento. 

-Não entendi nada, e nem quero saber! 

Os grilhões derreteram rapidamente, e ela voltou a correr em direção à Gabriel. No entanto, aquela “sopa” grudou os pés dela no chão, deixando-a imobilizada. 

Enquanto isso, o menino caía no chão, desnorteado e tonto. Cansado e sentindo dor, viu sua professora proferir palavras feias enquanto tentava mover-se do lugar. Aquilo lhe deixou mais irritado. Como ousavam usar truques baratos para pará-los? Estavam tirando com suas caras. Ergueu-se com dificuldade, e com sangue nos olhos, avançou em alta velocidade em François, desviando de um ataque vertical da lâmina do homem e acertando um belo soco no queixo dele. O soldado recuou, mas Gabriel limitou-se a agacha-se e proclamar com ódio na voz:

-Punho Ceifador! 

Concentrando mana em sua mão, deu um murro no rosto do assassino, o fazendo voar  e acertar em cheio uma casa, arrebentando as suas paredes.