TW: Contém conteúdo sexual consentido. Se não quiser ler, ou for menor de idade, podem pular este capítulo!
Eu já havia passado alguns finais de semana na cama, mas não um tão literalmente. Apesar da clara demarcação de limites — sem beijos envolvidos —, foi a primeira vez que fui acordado de maneira tão... insistente. Meus sonhos se moveram em formato de luzes, com a sensação de algo molhado, e brevemente senti que mãos exploravam meu corpo, e ao abrir os olhos, azul-celeste me encontrou, desesperado e faminto.
— Alex... — você gemeu para mim. Ainda na penumbra, com a noite se tornando dia, e termos dormido tão próximos, aquele calor não me era estranho, mas suas mãos se moviam sobre o cós da minha cueca, polegares envolvendo meu pau que acordara antes de mim. Notei o arfar de sua respiração, que se confundia com a minha. — Por favor, eu tô tão duro...
Bem, você não precisava falar mais nada.
Minhas mãos tomaram o controle, com as suas indo envolver meu pescoço, apertando-o de leve, e eu juntando a sua carne com a minha, o calor de seu pré-gozo esquentando ao se derramar sobre mim. Não sabia como poderia ficar mais duro, e usando o polegar para provocar-lhe com a unha em sua glande, você soltou um longo gemido que me assombraria por anos. Você se apertou contra mim, minhas pernas entre as suas, enquanto o movimentar de cima para baixo nos enlouquecia.
Você escondeu seu rosto contra meu ombro, seu hálito molhando minha pele a cada arfar. — Aqui — gemeu, segurando a minha outra mão e o guiando para sua bunda. — Me toque aqui.
Agarrei sua carne com força, sentindo o seu desespero. Seus gemidos saíam como pequenos soluços a cada ação e eu mordi meu próprio lábio. A visão que eu tinha sua, os ombros corados, o pequeno tremular de sua pele... Eu poderia gozar somente por lhe olhar.
— Aqui... — era insistente seu chamado, mas...
— Desculpa, não tenho lubrificante aqui, não quero lhe machucar.
— Não precisa. Por favor, Alex.
Você implorou, e eu apenas atendi. Um desejo sobrenatural surgindo e voltei minha mão brevemente para meus lábios, lambendo meus dedos para que houvesse alguma lubrificação nesse sentido. Seu olhar desesperado me acompanhou, e pegando meus dedos, você também os trouxe à boca, sugando-os com vontade.
— Pronto.
— Jesse... — arfei.
Guiou minha mão de volta para sua entrada, e atendi mais uma vez. Sempre que quisesse algo, eu certamente atenderia até mimá-lo irremediavelmente. Adentrei seu corpo, estranhando a facilidade. Não havia muita resistência, e em pouco tempo eu já estava por completo em seu interior, movendo dois dedos dentro de você. O apertar de suas mãos marcavam minha pele com manchas vermelhas e roxas, e seus gemidos certamente seriam um tópico de conversa entre os vizinhos na manhã seguinte. Eu continuei a mover nossos membros em conjunto, ao mesmo tempo de meus dedos em seu interior, e embora a pose fosse um pouco improvisada e sem jeito, o modo que sua boca derramava suspiros era tal qual uma orquestra tecendo uma bela música. Perdi-me em você — pela primeira vez, e por completo. No mar de possibilidades, eu não estaria em qualquer outro lugar, e meus outros eus certamente estariam com inveja de mim neste momento.
— Jesse...
— Mais rápido... — Seus olhos fechados, seu rosto corado, uma pintura em meu coração. Meus suspiros ecoando naquela sinfonia, e quando mar azul me encontrou, fui completamente arrebatado.
A música de suspiros tornou-se áspera de respirações rasas, enquanto sentia minha semente se misturar com a sua. Você voltou a se vestir, assim como eu, mas encontrou ninho nos meus braços, apesar da sujeira.
— Tudo bem? — perguntei.
— Tem algum problema?
— Não, é só que não posso dizer que acordei dessa forma várias vezes na minha vida.
Você soltou uma risada baixa, e apenas se aconchegou, seu nariz gelado tocando a base do meu pescoço, um encaixe perfeito. Ficou alguns minutos em silêncio, enquanto a noite desembocava no dia, e achei que simplesmente apagara, meu próprio sono avançando os meus olhos como ondas. Mas sua voz clara me atingiu, e acordei mais uma vez.
— Eu só não consegui dormir.
— Está tudo bem? — A preocupação me subiu à mente, apesar da sensação que deveria estar tão cansado quanto eu.
— Perfeito. Eu só fiquei excitado demais. Não se preocupe, garotão. — Senti seus lábios contra minha pele, e fechei os olhos. Era a primeira vez que me sentia dessa forma, tão... vivo. Era uma sensação completamente nova, e queria aproveitá-la ao máximo. Mas ainda assim, com você em meus braços, abracei mais uma vez a inconsciência.
O final de semana estava apenas começando.
Passamos o Sábado na cama, com apenas algumas
pausas para comer e bem... Alguma outra forma de comida. Você podia ser
baixinho, mas tinha uma energia fora do comum. Entre descansos e refeições, peguei
meu caderno de desenhos e esbocei várias imagens, completando com sucesso uma
das tarefas do semestre que era encher um caderno de figuras humanas
aleatórias. Tudo bem só haver uma pessoa, além de Dave, não era? Havia algo nas
suas formas, nas linhas que traçavam seu sorriso que eu apenas queria
desvendar.
Com meu empenho, as linhas do lápis de carvão preencheram mais uma sombra, e encarei seu rosto, a bela adormecida de meus traços, quando notei que seus olhos estava abertos, e pequenas covinhas emoldurando seu sorriso.
— Vai ficar me desenhando assim, de pau duro?
Eu nem notara o meu estado de excitação, tamanho meu fascínio. As roupas tinham sido abandonadas em algum momento — a pedido seu —, e uma vez que as cortinas foram baixadas, não havia problema algum. Meu pau pulsava, mas eu não tinha necessidade de me satisfazer, apesar da sua primeira atitude foi se mover contra mim, sua pele encontrando a minha, sua mão tomando conta da minha excitação.
— Deixe-me cuidar disso.
— Difícil negar um pedido desses — brinquei. — Especialmente com o que tem em mãos.
— Mercadoria preciosa, huh? — você continuou, mas ao invés de responder a pergunta ou continuar as provocações, sua cabeça se abaixou e seus lábios tocaram minha glande, para então tomá-lo por completo na boca.
Qualquer resposta que eu poderia elaborar fora esquecida no mesmo segundo.
— Puta merda, Jesse... — Ao mesmo tempo que meus dedos buscaram seus fios dourados, segurando sua cabeça contra os movimentos da sua língua contra a minha glande. Parecia ter bastante experiência naquilo, e eu me sentia bem mais enferrujado. Não era mais virgem e tive minha cota de aventuras durante a adolescência, mas você era um verdadeiro furacão, devorando e engolindo tudo o que se passa, o que aparentemente incluía o meu gozo em seu interior. — Hnn... — gemi contra o corpo dele, pressionando ainda mais os fios contra minha mão, puxando-os de leve enquanto puxava sua cabeça contra mim. Aos poucos a loucura foi aumentando, e eu não sabia mais onde começava e Jesse se seguia. Quando gozei em sua boca, o líquido preencheu sua boca, escorrendo levemente de seus lábios, que apenas usou a língua para contê-los e engolir.
Arfando, eu não sabia mais o que fazer, ou o que sentir. Você, no entanto, se sentou na cama, e começou a procurar suas roupas.
— Hm? — Quando recobrei parte da minha consciência, vi-o tirar o celular do carregador e arrumar suas roupas em um montinho em cima da cama. — O quê...?
— Preciso ir.
— Já?
Nunca esquecerei da sua risada preciosa, volvendo olhos divertidos para mim.
— Nada contra dormir aqui, ruivinho, mas não posso aparecer no trabalho com a mesma roupa dois dias seguidos. Tenho aulas durante a semana, mesmo que não seja para a sua turma. De qualquer forma, preciso voltar para casa de vez em quando também.
Mas antes de entrar no banheiro, soprou um beijo para mim.
— Mas posso voltar na segunda, se sentir tanta minha falta assim.
Não sei porque esperava outra coisa, visto que ele não parecia ser alguém de se apegar a outrem tão facilmente. A pessoa que preferia meter meu pau em sua garganta a me beijar — era alguém bastante peculiar. Talvez eu não devesse me apegar. Talvez eu devesse acabar com tudo bem ali, e passar a ignorar as mensagens dele.
Mas no fundo, seria impossível. Eu prometera, não foi? Que estaria sempre presente para quando ele precisasse. Poderia ligar a qualquer hora e a qualquer momento, e eu estaria lá.
Eu que guardasse meu coração em um lugar seguro, porque a sensação que eu tinha desde o nosso encontro na ponte foi que você me arruinaria por completo, Jesse. Fosse para mim mesmo ou para qualquer outra pessoa, nosso encontro tinha toques de Destino escrito.
De uma forma ou de outra, eu estava perdido.
Me levantei, indo em sua direção, meu peito contra as suas costas. Seus ombros tremeram ante ao toque das minhas mãos geladas, e joguei um desejo contra a tatuagem de hortênsias em suas costas ao baixar meu olhar até elas. Volte mesmo, pedi.
— Hm? Vai tomar banho comigo?
Meu sorriso veio fácil, assim como suas mãos em minha bunda.
— O que eu não faço por você, Jesse?
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