Para alguns desavisados que encontrarem este conto e seu título ressoar como algo que nunca ouviram eu tomarei a liberdade de contar-lhes sobre “O Perverso Barba Azul”.
Charles Perrault em seu livro “Contos da Mamãe Gansa”, publicado no ano de 1697, introduz-nos a uma figura que marcou a literatura, talvez não tanto quanto uma “Branca de Neve” ou um “Drácula”, mas que têm sua merecida influência mundo afora.
O homem chamado somente de “Barba Azul” não somente era um homem conhecido em sua comunidade por ser vil, mas também por ser o mais rico (quem diria que precisamos de alguns séculos para perceber que essas duas características andam tão juntas na maior parte dos casos). Ao pedir a mão de uma caçula de uma família de camponeses este a leva para seu Castelo/Mansão e a deixa sozinha quando sai viajar. Em um devaneio dístico “O Barba Azul” ordena que sua Esposa jamais abra uma porta de um quarto sempre fechado, como Deus ordenara que Adão e Eva jamais comessem a maçã do paraíso.
Em algum momento Barba Azul vai viajar sem sua Esposa.
Tomada pela curiosidade a Esposa encontra a chave do quarto e entra nele. Lá Ela encontra as esposas anteriores de Barba Azul, mortas e penduradas em um quarto todo ensanguentado. A Esposa atual sai do quarto, mas se esquece da chave ensanguentada no trinco, algo que Barba Azul percebe no instante que volta para sua morada. A Esposa foge dele e é salva por dois de seus irmãos, que descobrem a história no ato e matam o feminicida. Com a fortuna de herança que lhe é de direito a Esposa divide os valores entre sua família, principalmente seus irmãos e irmãs. A Esposa também volta a se casar com outro em um futuro distante, ou não, e, pelo visto, “supera seu trauma” no meio tempo.
Dito isso, espero que gostem de ouvir a história por um ponto de vista incomum e também em um cenário mais moderno.
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