O imperador desceu ao calabouço do palácio acompanhado de dois guardas. Os homens estavam na sua retaguarda, portando lanças da melhor composição metálica e escudos dourados. – Podem se retirar. Os guardas, com postura rígida deram meia volta e marcharam em direção a saída. Idris estava trancada em um cárcere espaçoso. O local contava com mesa de leitura, cama e uma estante de livros. As prateleiras continha diversos tipos de fascículos, alguns deles escritos em outros idiomas, como o sobrérico e o solarianao. – Agora a pouco ouvi o alvoroço que vinha do pátio. Você realmente matou Flavos? A troco de que? – Flavos era uma peça corrompida. Ele traiu sua própria família, o que não seria capaz de fazer contra nós? – Nós? Você me condenou a morte sem ao menos me dar uma chance de explicação. Agora vem aqui dizer nós. Afinal o que veio fazer aqui? Me dizer quando parto para Polian para ser executada? Como vai ser? Vai mandar cortar minha cabeça, ou vai me enforcar até eu sufocar e morrer? – Achas mesmo que ordenaria matar uma das minhas melhores feiticeiras? – Uma das melhores? Outrora eu era a sua única feiticeira e agora eu sou uma das melhores? – Aquela jovem bruxa… Mikaela, ela é uma menina talentosa… – O que você fez com ela? – Não se preocupe. Não a machuquei. – Menetuf virou-se de costas para a irmã. – Apenas mandei que ela fosse enviada para Libera, lá ela terá melhores condições de trabalho. – O imperador fez uma pausa e ajeitou seu manto. – Também concedi a ela um lugar no pequeno conselho de Aurora. – E quem mais está nesse pequeno conselho, uma vez você matou flavos e pretende fazer o mesmo comigo. – Sabes muito bem que não tenho intenções de mata-lá. – Eu percebi isso quando não fui algemada com correntes de esmeralda, muito menos alocada em uma cela especial, mas queria ouvir isso da sua própria boca. – Matar você não me serviria de nada, apenas me causaria prejuízo. – E então? O que pretende fazer comigo? – Idris foi até a mesa e encheu um copo com a água. Tomou tudo em uma golada só. – Você vai voltar para Azhard e isso é fato, todavia eu preciso que faça uma coisa antes de chegar ao destino final. Eu mesmo iria fazer, mas não posso mais deixar você aqui e também não posso deixar outra pessoa no comando então vou ficar aqui por um tempo e enviarei você para Trívia, para mandar um recado para Acai. Depois que este assunto estiver encerrado você retornará para Dália, onde passara a atuar no pequeno conselho da capital como ministro do tesouro imperial. – Tesouro? você quer que eu seja responsável por números? Sabe muito bem que sempre servi como conselheira chefe. Não pode ao menos me nomear como chefe dos alquimistas? – Considere isso como uma punição pela sua traição. Embora não seja viável mata-lá ainda preciso puni-lá. Além do mais esse cargo já está sendo ocupado pela jovem bruxa. – Droga! – A feiticeira bateu o pé no chão fazendo birra. – Que seja. – Suspirou. – E o que tenho que fazer em Trívia. – Antífes se aliou aos nossos países vizinhos. Berila e Helênia formaram aliança, oferecendo troca de favores. – Quanto a Azhard? – Meus espiões me disseram que o pequeno Milos ainda não se decidiu sobre a proposta. – E o que tem haver Trívia e Acai com toda essa situação? – Solar está oferecendo ajuda para Antífes, mas se recusou a ajudar Azhard, Helênia e Berila. Isso significa que o deus sol também está querendo tirar proveito das coisas boas que Az tem a oferecer. – Continuo sem entender o que Trívia tem com isso. – Os trívios nos devem inúmeros favores e neste momento pretendo cobrar uma dessas dívidas. Você vai levar um recado para Acai, um recado que deve ser dado com extrema clareza. – E o que seria esse recado? – Amanhã, assim que estiver pronta para partir vou deixar a par de tudo. – E enquanto isso? – Você ainda é uma prisioneira condenada por traição. Permanecera aqui até que supostamente seja enviada para Polian.
Após ter sua filha sequestrada pelos gigantes de gelo, Odilon, príncipe de Antífes, precisa de um plano para resgata-lá. Sem nenhuma alternativa convencional em mente o príncipe aposta no que considera ser sua melhor escolha, libertar uma antiga feiticeira que outrora traiu seu pai.
O príncipe desobedece seu rei e liberta Polipedes, um ser híbrido que promete ajuda-lo a recuperar sua filha. Durante a jornada eles precisam encontrar uma antiga relíquia cobiçada por gerações. A feiticeira diz que o artefato será de grande valia na missão, mas os males que vem junto com a caixa faz Odilon pensar diferente.
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