Mostra os encapuzados caminhando pelo porto.
Um deles para e fala.
Manto 1
-Esse navio deve servir.
Manto 2
-É um galeão.
Manto 1
-E daí?
Manto 2
-É grande demais para nós quatro velejarmos nele, além de ser fortemente armado e normalmente levar cargas preciosas.
Manto 1
-Então vamos fazer a tripulação nos levar até lá, eles devem conseguir dirigir essa coisa.
Manto 2
-Acredito que dirigir não seja o termo correto.
Manto 3
-Pare de ser infantil e escolha outro.
Manto 1
-Não, você quer cruzar o mar remando?
Manto 4
-Por que nós não alugamos um navio ou…
O Manto 1 se aproxima do galeão.
Manto 2
-Ótimo, o que ele vai fazer agora?
Manto 3
-Causar problemas como sempre, esse pirralho.
Ele se aproxima de uma das pessoas que estava levando cargas para dentro do navio.
Manto 1
-Ei, pra onde isso aqui vai?
Carregador
-Para uma colônia em uma pequena ilha.
Manto 1
-Huh, que coincidência, é para aquela dos anjos? É pra onde eu quero ir.
Carregador
-Sim, é praquele fim de mundo, agora me deixe em paz.
A pessoa de manta começa a subir no navio pela prancha que estavam usando para carregar as cargas para dentro.
Carregador
-Ei! O que pensa que está fazendo?!
Manto 1
-Esse navio vai pra onde eu quero ir, então estou entrando.
O carregador o segura pelo braço.
Manto 1
-Me solte.
O carregador então berra chamando a atenção dos outros.
Os outros 3 de manto correm na direção dele.
Manto 3
-Droga, maldito pirralho.
Manto 4
-Era só comprarmos a nossa entrada.
Manto 2
-Ele vai morrer…
Volta para o carregador, ao agarrar o braço da figura, a força do movimento faz com que o capuz dele caia, revelando o rosto da pessoa, se tratava de um jovem de cabelo espalhafatoso e que estava claramente irritado.
Jovem
-Me solta!
Carregador
-Saia desse navio! Agora!
Jovem
-Parabéns, eu já estava tendo um dia horrível, só queria entrar neste navio e ir pra ilha, daí você vem e faz isso...
O jovem estica o braço na direção do carregador, na sua mão está uma manopla com uma joia que emite um leve brilho.
Jovem
-Agora vou ter que te matar.
Manto 2
-Pare Deville!
A manopla emite uma forte luz que cobre grande parte do navio.
Carregador
-AAAAHHHH!
A luz se apaga.
Mostra o carregador intacto.
Carregador
-Huh?
Deville acerta um soco de direita no rosto do carregador o que o desorienta, logo em seguida um de esquerda na boca do estômago, e por fim um chute o derrubando para fora do navio.
Deville caminha calmamente sob o convés do navio enquanto assobia.
Os tripulantes do navio se aglomeram no convés, chamados pela confusão e pela forte luz, entre eles havia soldados uniformizados do "povo inferior".
Deville sorri enquanto estala os dedos.
Mostra diversos gritos com o céu, o mar e luzes de fundo.
Corta para uma sala, similar a um escritório.
Atrás de uma enorme mesa cheia de papéis está um velho bem acabado trajando vestes finas e caras.
Na frente do velho estava Morietur de pé com as mãos atrás das costas.
Em cima da mesa está o cristal do Zarco.
Velho
-Bom trabalho.
Morietur
-Obrigado senhor.
O Velho fala enquanto olha para o cristal
-Com isso, depois de todos esses anos, essa guerra vai finalmente acabar.
Morietur
-Mas, mesmo que a guerra acabe, ainda vamos ter que lidar com o resto deles.
Velho
-Eu estive pensando nisso, exterminá-los me parece um desperdício, até onde eu sei, eles são únicos.
Morietur
-O que você quer dizer com isso senhor?
Velho
-A nossa colônia possui certa riqueza com os recursos dessa ilha, porém, isso não vai nos manter relevantes por muito tempo, mas e se oferecêssemos algo que não se consegue em nenhum outro lugar?
Morietur
-Você está querendo vender essa escória?
Velho
-É claro, conseguiríamos um bom lucro vendendo um povo tão exótico no continente.
Morietur
-Entendo… agora, se me permite, irei me retirar.
Velho
-Você não pode continuar fugindo Morietur.
Morietur para.
Velho
-Se você pretende casar-se com a minha filha deve ser capaz de herdar meus negócios, e até assuntos, digamos, "desconfortáveis", fazem parte.
Morietur
-Se quiser mesmo falar comigo, então me diga, a encomenda que fizemos antes de obter esse cristal já está a caminho?
Velho
-Sim, um monstro vindo direto de Equidna, a essa altura o galeão já deve ter zarpado do continente.
Morietur
-Ótimo, era tudo que eu precisava saber, adeus.
O velho observa Morietur se afastando claramente decepcionado.
Corta para o galeão no meio do mar.
No convés do navio há vários marujos e soldados caídos e bem machucados.
Mostra um jovem de longos cabelos escuros todo ensanguentado, ele trajava uma espécie de armadura exo-esqueleto com cabos espalhados por toda ela.
Cabeludo
-Ah, finalmente acabou, vou precisar de um banho.
Mostra uma mulher de cabelo longo e anormal usando uma máscara macabra.
Mulher
-Tudo culpa dele.
Mostra o Deville meio surrado e cheio de sangue, com a maioria não sendo dele, na ponta do navio.
Deville fica olhando para o céu azul.
Mostra uma jovem de moletom com um lápis e um pequeno caderno de desenho, ela usa várias cintas de couro pela roupa.
Guria
-Ele parece ter se acalmado.
Mulher
-Errado.
Cabeludo
-Ele está encarando o céu e o mar.
Guria
-Ah, os dois são azuis...
Cabeludo
-E azul lembra ele do…
Deville grita
-ZAAAARRRRCOOOOO!!!
Cabeludo
-E começou de novo…
Mostra uma parte escura do navio, dentro dela está uma enorme cela com várias correntes, dentro da cela há uma figura monstruosa coberta pelas sombras, os olhos da criatura brilham.
FIM DO DÉCIMO SEXTO CAPÍTULO
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