Mostra uma praça na frente de um castelo.
Um enorme número de anjos está se aglomerando na frente do castelo.
Soldados voam em formação.
Leo e Apis ficam do lado de fora do castelo em uma sacada diante da multidão.
A entrada da sacada leva a um corredor.
Mostra passos em um corredor.
Mostra Basilius caminhando pelo corredor.
Atrás dele seguem Luscinia e Salus.
Apis
-Leo, você sabe o que vossa majestade planeja com esse discurso?
Leo
-Silêncio, o rei se aproxima.
Basilius chega até a sacada.
Ele se aproxima da borda e olha para a multidão abaixo.
Figurante 1
-O que ele está fazendo?
Figurante 2
-Deve estar só olhando para nós com desdém, lá encima ele não precisa se preocupar com nada.
Figurante 3
-Será que ele vai falar sobre o incidente na fonte?
Figurante 1
-Aquele era mesmo o ser da profecia?
Figurante 4
-Eu estou mais preocupada com a comida…
Figurante 2
-Se não recuperarmos as terras inferiores...
Salus fala para Basilius.
-Eles estão fazendo bastante barulho vossa majestade, posso silenciá-los para que escutem seu discurso?
Basilius fica em silêncio.
Basilius sussurra para si mesmo.
-Então essa é a distância entre um monarca e a plebe…
Salus
-Huh? Vossa majestade?
Basilius
-Não tem como a minha voz ser ouvida daqui.
Basilius ergue suas asas e se atira da sacada.
Salus
-Majestade!
Apis fica surpresa.
Luscinia segue o Basilius quase que imediatamente, Leo vai até ele logo após ela..
Apis após ver a ação dos dois os imita logo em seguida.
Salus
-Tch!
Salus é o último a descer.
Basilius começa a bater as asas ao se aproximar da multidão.
O povo olha surpreso e sem saber o que esperar.
Voando logo acima do povo, Basilius ergue os braços, tentando passar uma imagem grandiosa e acolhedora, e então começa seu discurso.
Basilius
-Ouça, meu povo! Não pensem nem por um instante que eu desviei o olhar ou ignorei seu sofrimento, por todo este tempo pensei em uma solução que se encaixasse nos meus ensinamentos, mas, esse não é o momento para pensar, é tempo de agir…
Basilius
-Por isso, eu peço, não, imploro para que os filhos e filhas desta terra se levantem, ergam suas asas e suas armas! Vamos recuperar o que foi tomado de nós! Expulsar os usurpadores que repousam na nossa terra! A terra manchada pelo sangue e suor de nossos ancestrais!
Basilius faz uma pausa e permanece encarando a multidão, seus olhos atentos como se esperasse algo, mas nada acontece.
O povo depois de um tempo de silêncio começa a falar entre si.
Figurante 1
-Hum, então o primeiro discurso dele era só mais uma chamada à guerra…
Figurante 3
-Até que ele disse umas coisas bem legais, mas de jeito nenhum que eu vou lá pra baixo.
Figurante 2
-Ele só quer sacrificar o povo para resolver os problemas dele.
Salus pensamento
-Que vergonha, você está envergonhando seu título Basilius.
Apis pensamento
-Sério? Tudo isso só pra promover o alistamento?
Leo pensamento
-Que burrice.
Luscinia pensamento.
-Eles não entendem, não sabem da gentileza e todo o esforço que o seu rei tem, seu discurso cai em ouvidos ignorantes Basilius.
Basilius fica em silêncio com a cabeça baixa.
Todos ficam olhando para ele.
Basilius estende a mão até um pequeno saco preso a cintura de sua armadura.
Basilius fala enquanto desamarra o saco
Basilius
-Eu sei, sei perfeitamente que não posso simplesmente pedir para vocês lutarem por mim, não ganhei ainda o vosso respeito nem sua confiança...
Basilius solta o conteúdo do saco em sua mão.
Basilius
-Por isso…
Basilius coloca algo em seu dedo e ergue a mão.
Mostra a mão do Basilius com um anel, no anel está o cristal do firmamento brilhando fortemente sob a luz do sol.
Basilius
-Eu lutarei! Eu vos guiarei! E juntos retomaremos aquilo que perdemos!
Todos ficam chocados.
Figurante 1
-O tesouro dos reis!
Figurante 2
-Não era proibido removê-lo do castelo?!
Salus abre um enorme sorriso.
Apis
-Com o poder do cristal, nós temos uma chance de fato…
Luscinia pensamento
-Você vai mesmo ir contra a vontade de seus ancestrais?!
Basilius ergue a mão onde está o anel e depois a fecha formando um punho.
Basilius grita
-JUNTEM-SE MEU IRMÃOS! VAMOS EM DIREÇÃO A VITÓRIA! MORTE AO POVO INFERIOR!
O povo finalmente reage, um grito ecoa pela multidão.
-MORTE AO POVO INFERIOR.
Basilius sorri enquanto mantém seu punho fechado, o cristal em sua mão brilha.
FIM DO DÉCIMO SEGUNDO CAPÍTULO.
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