O álcool devia estar lhe afetando, pois Lari não negou quando Lô recomendou que pegassem um uber para seu apartamento. O lugar era bem simples, mas bastante aconchegante. Lô não fez cerimônia, a garota parecia bastante ansiosa por ação e logo estavam no quarto em cima do colchão de casal que repousava sobre uns pallets de madeira, tirando as peças de roupa aos poucos enquanto exploravam o corpo umas das outras. Lô parecia querer BASTANTE aquilo, então Lari pensou que não seria tão grave assim aproveitar a oportunidade né?
Mas a verdade é que por mais doce que fosse o beijo de Lô, por mais encantador fosse cada pequeno detalhe de seu corpo, Lari estava ansiosa (e não um ansiosa bom) pelo que estava por vir. Se pudessem parar nos beijos e nas carícias seria perfeito, mas ela precisava do clímax para fazer valer a recarga. Os toques da humana lhe faziam cócegas e mandavam arrepios pelo seu corpo, e Lari se esforçava para acompanhá-la no jogo de toques. Quando Lô começou a descer para entre suas pernas, Lari sentiu seu corpo inteiro se contrair e Lô parou por um momento.
- Ei, tá tudo bem?
- Tá sim - respondeu Lari em meio à respiração pesada.
- Tu pode falar qualquer coisa viu? O que tiver gostando, o que não tiver…
- Não, tá tudo bem sim, a gente pode continuar.
- Tu quer ficar em cima ou…?
- Não, vem tu mesmo - disse Lari puxando Lô para colarem seus corpos, na esperança de que pudesse desviar um pouco o olhar e esconder o desconforto que começava a se estabelecer. Nenhuma pose específica a faria gostar daquilo, então quanto mais rápido melhor.
Infelizmente, Lô parecia ser muito mais atenciosa do que Lari gostaria e depois de alguns instantes ela se afastou e disse:
- Olha, a gente pode deixar pra depois, não tem problema.
- Lô, tá tudo-
- Eu sei, eu sei, tá tudo bem. - respondeu sorrindo - Eu já vi que tu não tá muito no clima, e não tem problema se isso não for teu lance.
Lari não soube o que responder.
- Eu tô bem tonta da bebida, acho que é um sinal pra encerrar a noite - Lô deu mais um beijinho na bochecha de Lari e deitou na cama, oferecendo o braço pra uma conchinha.
Lari deitou. Não entendia como Lô parecia querer tanto num momento, mas cedeu tão facilmente. O sono chegou rápido, embalada no suave abraço da estranha humana.
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