Junto com essa lembrança veio uma forte dor de cabeça, que fez com que eu soltasse um grito muito alto e assustasse Lucas.
-O que foi?
-Aaah! Dói muito!
Eu não conseguia falar direito, quanto mais eu tentava, mais eu me afogava em uma dor profunda, profunda como o vasto oceano em que eu me encontrava,
-Lucas, quem é esse? Eu não consigo lembrar.
-Eu, sou eu, calma, calma, vai ficar tudo bem!
Depois de esperar aproximadamente 15 minutos, aquela dolorida sensação se esvai e eu consegui pensar direito novamente.
-Lucas, lembrei!
-O que?
-Lucas é o nome do meu namorado!
-Que? Você é gay?
-Acho que bissexual, na verdade.
-Nossa, que surpresa
-Eu também não sabia até agora, como será o rosto dele?
-Deve ser bonito, para você gostar tanto dele mesmo sem lembrar...
-Verdade...
Enquanto pensava, eu precisava saber o que fazer para voltar para casa, a primeira coisa seria sinalização para algum navio, porém na caixa não tinha nada. Perguntei ao Lucas se ele tinha alguma coisa para usarmos como sinalização, e ele respondeu:
-Tenho sim, esse apito serve?
-Sim! Caso veja um navio, apite muito, para que quem estiver nele consiga escutar e vir nos resgatar!
-Certo!
E se não passar nenhum navio?
Era a pergunta que eu tentava responder naquele momento...
-Te "aquieta" Drake.
Disse Lucas
-Por que?
-Cara, já está de noite, e você aí pensando em mil coisas ao mesmo tempo, vamos dormir que vai ser melhor para você.
-Tá bom...
-Vem, dorme aqui nesse lado, é mais confortável.
-Pode ficar, eu me viro aqui
-Certo! Boa noite.
Aquela foi a noite mais longa da minha vida...
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